Abin alertou sobre risco de invasões um dia antes do 8 de janeiro

Em depoimento ao STF, o ex-diretor-geral adjunto da Abin, Saulo Moura da Cunha, afirmou que a agência emitiu alertas sobre o risco de ações violentas em Brasília um dia antes dos ataques de 8 de janeiro. Os avisos foram enviados a diversos órgãos de inteligência do governo federal e do DF, informando sobre o aumento de ônibus chegando à capital e a convocação de manifestantes com intenção de invadir prédios públicos, inclusive com acesso a armas.
Cunha relatou que a Abin monitorava o acampamento em frente ao QG do Exército desde o fim de 2022 e compartilhou relatórios de inteligência sobre manifestações antidemocráticas com o governo de transição. Apesar dos alertas, ele destacou que a Abin não tinha competência para comunicar-se diretamente com a Secretaria de Segurança Pública do DF, função que caberia ao Ministério da Justiça.